domingo, 22 de novembro de 2009

Pôster EJA


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Você sabe qual é a velocidade da sua conexão?


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Letramento Social X Letramento Escolar



Aquilo que é visto/ensinado na escola corresponde àquilo que é necessário para a interação social?
Vejamos. A escola ensina a decodificação alfabética e numérica deslocada de um sentido usual social. A apropriação mecânica da leitura, da escrita e dos cálculos são vistos como mecanismos sumamente necessários à ascensão escolar. Quem não detém estas habilidades não é contemplado com a promoção, tampouco reconhecido enquanto “sujeito inteligente”. Uma vez que, muitos professores consideram como inteligentes somente aqueles que aprendem com facilidade o que lhes é ensinado. Inúmeros professores ainda não aceitam como ação inteligente a capacidade de as pessoas raciocinarem, planejarem e resolverem situações-problema no cotidiano. E são esses professores que fazem da escola um órgão reprodutor de ações sem sentido, uma entidade desinteressante. E é dentro desse contexto que ocorre o letramento escolar.
Diferentemente, o letramento social ocorre em meio aos setores que compõem a sociedade (comunidade, igreja, família etc). Um sujeito não alfabetizado, mas que interage com a sociedade por meios alternativos que não a leitura e a escrita de códigos, é sim um sujeito letrado e suas ações deveriam ser valorizadas pela instituição escola. Mas não é o que acontece. Geralmente um sujeito analfabeto é marginalizado pela mídia, pelas entidades governamentais, pela “sociedade alfabetizada” e pela própria escola, o que é uma lástima! Ao meu ver, aquele que consegue ler o mundo através de outros olhos que não os da linguagem escrita e compreendê-lo deve ser valorizado e não relegado.

FALA, LEITURA E ESCRITA - tecendo idéias...


Ao ler o texto “Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais” pude observar as inúmeras variações ocorridas ao longo dos anos em relação à valorização da leitura e da escrita e aos usos que delas se faz/fez.

Assim, de acordo com a leitura supracitada e  as experiências vividas, creio que tanto a língua falada quanto a escrita, variam conforme o meio, a razão e a circunstância. Ou seja, a língua molda-se ao contexto.

Em relação à fala, penso ser esta um instrumento de expressão, defesa e poder. Alguém que fala com segurança e convicção é capaz de vencer batalhas, arranjar aliados e reverter quadros problemáticos. Em minha opinião, quem exerce seu poder de persuasão com excelência tem o mundo em suas mãos.

Já em relação à escrita, penso que este mecanismo seja um pouco menos poderoso. Pois diferentemente da fala, alcançará diretamente apenas aqueles que são alfabetizados. Ou seja, a linguagem escrita é seletiva. A exceção, se assim pode-se dizer, está nos casos em que o sujeito não alfabetizado, mas letrado, utiliza-se de um intermediário para interagir com os códigos, como quando ele solicita a ajuda de um outro sujeito, o leitor. Nesse caso, o alcance e a apropriação da linguagem escrita ocorreram de maneira indireta.

E seu nome é Jonas


Análise e reflexão baseada em um filme assistido.

Jonas é uma criança meiga e surda. Depois de passar três anos em um hospital em razão de um diagnóstico errôneo – fora considerado retardado mental – Jonas recebe alta e é levado a viver junto de sua família.
Jonas então é recebido com festa. Contudo, dificuldades na comunicação começam a surgir e a família acaba titubeando.

Jonas não é compreendido por familiares e vizinhos. Todos o olham como se fosse ele um ser de outro mundo. Sua mãe então resolve buscar ajuda especializada. Jonas é levado a freqüentar um programa para socialização do surdo. Lá, Jonas é proibido de sinalizar e é instruído a repetir frases e palavras desconexas ditas pela professora. Ele também passa a fazer uso de aparelho auditivo (o que acaba por torná-lo motivo de chacota quando sai à rua).

Seu pai acaba por sair de casa, uma vez que não conseguiu lidar com as suas próprias emoções. Para onde quer que fosse com o filho, sempre havia alguém para ridicularizar o menino. O pai não suportou a situação.

Jonas possuiu por muito tempo apenas um único amigo: seu avô. Porém este acabara por morrer e Jonas passou meses sem saber o que havia feito o avô desaparecer.

Ao perceber o “fracasso” do filho a mãe do garoto decide aprender junto a ele a língua de sinais. Eis que ela conhece a comunidade surda e por meio desta consegue inserir Jonas na sociedade. Jonas ganha vida e liberdade. O tempo passa e Jonas enfim consegue compreender que o avô morreu.

Essa história foi retratada em um filme lançado em 1979 nos EUA. Observem, quase três décadas se passaram e a situação é praticamente a mesma.

Penso que ainda hoje o surdo não sinalizado é incompreendido e excluído da sociedade. Não sei se isto é regra ou exceção, uma vez que percebemos a plena inserção social do surdo sinalizado. Contudo tenho uma certeza, se Jonas nascesse hoje, surdo, seu diagnóstico não seria o mesmo. Jamais o considerariam um retardado!

O Menino Selvagem



Por sugestão da interdisciplina de Libras resolvi assistir o filme "O Menino Selvagem". E é sobre ele que agora teço algumas considerações:


O filme “O Menino Selvagem” é bastante intrigante. Pois retrata a história de um menino que viveu por quase toda a sua existência, até então, sozinho em um bosque de Paris, motivo pelo qual se tornara selvagem.
Ao assistir este filme, pus-me a pensar e a ponderar possibilidades diversas... Teriam os seres civilizados o direito de cooptar o garoto trazendo-o a um mundo que lhe era desconhecido? Aquele garoto por ser, aos olhos dos parisienses diferente, se permanecesse em seu habitat poderia representar algum risco à sociedade local? Seria ele surdo de fato? Alguém que não conhece os códigos, sejam eles escritos ou falados, é um idiota? Enfim, foram muitas as interrogações inicialmente levantadas!

Primeiramente o garoto é levado para um colégio de surdos-mudos. (Nesta passagem do filme podemos ter uma idéia de como era a vida das pessoas surdas nos primórdios: elas ficavam enclausuradas em instituições específicas, sem qualquer tipo de interação com a sociedade dita normal. Ou seja, eram rejeitadas e excluídas.)

Depois Itard e Pinel, os doutores que estudavam o caso do menino, dão-se conta de que aquele não era o ambiente mais adequado ao garoto. Pinel sugere que o levem para uma instituição própria aos “retardados”. Itard discorda e acaba por levá-lo para sua residência, onde posteriormente irá educá-lo (leia-se domesticá-lo).

Chegando à casa de Itard o garoto é treinado para tornar-se visualmente “normal”. Atingido este objetivo, o garoto ingressa em uma educação behaviorista, ministrada pelo próprio Itard. O garoto recebe o nome de Victor e começa a ser treinado para “ouvir palavras”.

A partir daí surgem passagens no vídeo, nas quais o garoto pede leite, em que fica evidente a questão do condicionamento operante. Victor pega a sua tigela e a bate com a mão demonstrando o seu desejo de beber leite. Itard tenta usar o reforço positivo para força-lo a pronunciar a palavra leite. Ou seja, Victor está sendo treinado.

Itard vale-se de inúmeros artifícios para tentar educar o menino. E nessas buscas incessantes Itard vai fazendo descobertas em relação aos hábitos e às atitudes do menino selvagem. A capacidade cognitiva do garoto também é posta em xeque.

Para mim, telespectadora, não ficou claro se o menino era realmente surdo ou se ele havia se tornado um aborígene em função do abandono precoce. Contudo, consegui tecer algumas relações com os possíveis sentimentos das pessoas surdas que viveram nas décadas passadas. Assistir este filme foi emocionante.

Veja o trailer do filme:
 http://www.youtube.com/watch?v=b5CKltq3Uf4
Ficou interessado e quer assistir o filme na íntegra? Faça o download aqui!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

15 de Outubro - Dia dos Professores

O professor sempre está errado

Quando...


É jovem, não tem experiência.

É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um coitado.

Tem automóvel, chora de "barriga cheia".

Fala em voz alta, vive gritando.

Fala em tom normal, ninguém escuta.



Não falta às aulas, é um "Caxias".

Precisa faltar, é "turista"

Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.

Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.

Dá pouca matéria, não prepara os alunos.



Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Não brinca com a turma, é um chato.

Chama à atenção, é um grosso.

Não chama à atenção, não sabe se impor.



A prova é longa, não dá tempo.

A prova é curta, tira as chances dos alunos.

Escreve muito, não explica.

Explica muito, o caderno não tem nada.



Fala corretamente, ninguém entende.

Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.

Elogia, é debochado.



O aluno é reprovado, é perseguição.

O aluno é aprovado, "deu mole".



É, o professor está sempre errado mas,

se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


Fonte: Revista do professor de Matemática 36, 1988

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Um mês depois...

Olá pessoal! É com vergonha que lhes cumprimento... um mês sem postar... Como diriam os meus alunos: foi mal!!! Acontece que a vida andou bem corrida!

Mas vamos ao que interessa. Lembram daquela proposta que eu havia recebido? Pois é, agora eu conto!
As profes Iris e Bea me convidaram para mediar um fórum dentro da inter SI7. Que desafio hein?!! Lógico que eu aceitei, imaginem se eu perderia a oportunidade... Querem espiar o meu trabalho? É só clicar aqui.

P.s.: Pela primeira vez no curso gostei de participar de um fórum. Confesso que sempre achei essa prática desinteressante...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Recomeço...

Mais um semestre se inicia... um passo a frente rumo à formatura... muitos cabelos a serem arrancados!!! hehehe
É... vida de acadêmica não é mole, não! Ainda mais de uma peadiana!!

Agora, falando sério. Na última quarta-feira tivemos nossas primeiras aulas presenciais do semestre: Linguagem e Educação e Seminário Integrador VII. Ambas foram boas contudo, a aula de SI7 foi muito prazerosa e dinâmica. Formei grupo com os colegas Gláuber, Mário e Elise. Recebemos uma proposta de atividade onde deveríamos orçar e planejar o mobiliário básico necessário a uma família de 4 pessoas, a partir da planta baixa de uma casa e um limite de gastos de R$ 10.000,00. Se alguém tiver curiosidade em visualizar a atividade, é só clicar aqui!

Além disso, no último final de semana recebi uma proposta, de uma professora, que me envaideceu... mais adiante eu conto pra vocês!

Até!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Aula - temática afro

Atividade publicada no Rooda em 12/05/09 para a interdisciplina QERESH.

Temática: Afro

Objetivos:
Conhecer o livro “Princesa Violeta”;
Dialogar sobre a diversidade étnica;
Valorizar as diferentes estéticas humanas;
Cultivar o interesse pela leitura;
Incentivar a expressão artística.

Desdobramentos:
Primeiro momento – atividade de motivação
Convidarei a turma para uma brincadeira: os alunos serão divididos em dois grupos – meninos X meninas. A tarefa consistirá em listar nomes de princesas conhecidas.
Os grupos “tiram par ou ímpar” para ver quem inicia. O primeiro grupo
cita o nome de uma princesa, em seguida é a vez do outro grupo; assim seguirá até que as possibilidades se esgotem. Vencerá o grupo que listar o maior número de nomes.
Concluída a brincadeira, questionarei o grande grupo acerca das características (físicas e de personalidade) de cada uma das princesas listadas. Então, solicitarei que cada criança registre em seu caderno (através de desenho) como seria a princesa ideal.
Encerrarei esse primeiro momento com a apreciação dos desenhos e com a promessa, aos alunos, de uma história maravilhosa sobre princesa na próxima aula.

Segundo momento – contação de história; momento musical (Canção da Princesa Violeta); discussão no grande grupo e desenho dirigido.
Conceitos-chave: diversidade étnica, estética humana, leitura, expressão artística.


Refletindo a prática
Sobre o primeiro momento:
A turma adorou a brincadeira, participando com vontade e entusiasmo. E as meninas venceram a competição. A discussão realizada após a brincadeira foi bastante proveitosa. Os alunos explanaram suas percepções acerca do ícone “princesa”. Algumas conclusões da turma:
toda princesa é bonita;
as princesas são magras;
princesa só usa vestido, nenhum outro tipo de roupa;
toda princesa é branca;
toda princesa é escolhida por um príncipe;
nenhuma princesa sabe lutar;
as histórias de princesa acabam com “viveram felizes para sempre”.
Sobre o registro, no caderno, da princesa ideal percebi que quase toda a turma desenhou princesas brancas, de cabelos longos e loiros e com vestidos cor de rosa.
Depois da apreciação dos desenhos lancei o seguinte questionamento para a turma: “será que pode existir uma princesa negra?” Todos foram unânimes na resposta: “não!”
Retruquei: “mas vocês tem certeza disso?”
Algumas respostas:
-- “Claro, Sora! Só existe princesa branca!”
-- “É! Eu nunca vi princesa negra em livro nenhum!”
-- “Acho que não, porque eu nunca vi!”
Após as argumentações dos alunos reforcei: “fica a pergunta. Pensem nisso e na aula de amanhã a gente volta a conversar.”
Sobre o segundo momento:
Abri a aula retomando minha promessa de contação de história. Apresentei à turma o livro “Princesa Violeta”, de Veralindá Ménezes e dei início a narrativa.
Os alunos ouviram com atenção o belo conto de fadas, surpreenderam-se e emocionaram-se com o desfecho da história. Afinal, “Princesa Violeta” narra a trajetória de uma bela princesa negra que vence barreiras, dribla preconceitos e com muita coragem luta, literalmente, na defesa de seu povo; destacando a força da mulher e a valorização das relações afetivas.
Ao fim da narrativa os alunos aplaudiram. Então, questionei-lhes: “agora eu quero que vocês pensem um pouquinho e respondam novamente aquela pergunta que lhes fiz ontem, pode existir uma princesa negra?”
Mais uma vez a turma foi unânime, porém a resposta foi diferente daquela anteriormente apresentada: “sim!!!”
Então conversamos acerca da história. Observei que a turma ficou surpresa e ao mesmo tempo satisfeita com a história que ouviram.
Após conversarmos ensinei-lhes a musiquinha “A princesa cor de bombom” (aprendi a cantá-la com a própria escritora do livro, em evento promovido pela Smed Alvorada em agosto de 2008).

Segue a letra da música:
A princesa cor de bombom
A princesa cor de bombom
Ela é a Violeta
Ela é a Violeta
bis
Cabelos pretos cacheados,
Miúdos
E olhos brilhantes
Como dois diamantes
bis

Após o momento musical solicitei aos alunos que desenhassem algo a respeito da história. As produções foram apreciadas por mim e também pelo grande grupo. Montamos um belo painel com os desenhos. Detalhe: não surgiu uma sequer princesa pintada com lápis “cor de pele” (como as crianças costumam dizer) mas sim, belas princesas negras!

Clube do Imperador

Atividade publicada no Rooda em 10/05/09 para a interdisciplina de Filosofia.

Esta atividade consiste em assistir ao filme “O Clube do Imperador”, cuja cópia está no polo (também facilmente encontrado em locadoras), e escrever um texto (não exceder duas páginas) de acordo com o seguinte roteiro: 1. Descreva uma cena do filme onde o professor está diante de um conflito moral. 2. Descreva o conflito moral e a solução que o professor escolhe. 3. Identifique os princípios morais envolvidos nessa decisão. 4. Avalie a decisão do professor: foi uma decisão moralmente correta ou não, por quê?



O Clube do Imperador
Assisti ao filme e gostei muito.
Pelo que pude observar, aquele professor era uma apaixonado por sua profissão e mais, ele acreditava realmente que a educação oferecida pela escola poderia ser capaz de moldar o caráter de um ser humano.
Como o filme nos mostrou, o professor Hundert recebeu um aluno bastante rebelde e questionador. Algum tempo depois Hundert procurou o pai do garoto para informar que o mesmo não estava se dedicando o bastante aos estudos; o pai demonstrou descaso.
Ao longo do tempo o professor foi percebendo que o garoto tinha potencial e que merecia uma chance.
Todos os anos o professor organizava o concurso Senhor Júlio César. Era necessário vencer etapas para poder disputar a final do concurso. Apenas os três primeiros colocados participariam da final.
Sedgewick, o garoto rebelde, ao final da etapa classificatória fica em quarto lugar, mas o professor crê que pode colocá-lo no caminho certo e decide dar uma chance a ele, colocando-o na grande final. (Creio que seja este o primeiro conflito enfrentado pelo professor: burlar as regras para dar chance a alguém de sua preferência ou seguir o curso natural de forma honesta, sem interferências externas?)
Sedgewick quer vencer o concurso de qualquer maneira. Para tanto não pondera os meios utilizados, inclusive “cola” para ser o campeão. O professor percebe a trapaça mas decide não denunciar o aluno. Porém, seus princípios morais pesam mais, e ele resolve fazer uma pergunta que não estava no cronograma e que cuja resposta Sedgewick seria incapaz de acertar. Sedgewick não vence o concurso. (Neste momento, creio eu, que o professor percebe o erro que cometeu e tenta remediá-lo. Talvez ele até tenha sentido remorso por ter deixado de fora da competição o verdadeiro terceiro classificado...)
Anos depois, Sedgewick já adulto e com a “vida feita” solicita a revanche do concurso. E esta acontece. Mais uma vez Sedgewick trapaceia e o velho professor decepciona-se. Pois de nada adiantou os seus esforços acadêmicos e tampouco o de pisar sobre sua própria moral para tentar tocá-lo. Percebe também que o caráter de uma pessoa não pode ser moldado pela escola.
Em relação às decisões tomadas pelo professor: penso que colocar o garoto na final não foi correto, pois ele não conquistou o seu lugar e sim foi “presenteado”; além disso, essa decisão excluiu uma pessoa merecedora, o que é ainda mais grave. Contudo, em relação ao impedimento das vitórias de Sedgewick por parte de Hundert considero como atitudes corretas, pois estas ações não permitiram levar adiante o erro inicial.

Índios

Atividade publicada no Rooda em 06/06/09 para interdisciplina QERESH.
Enfoque IV: concepções de índio.
A) Ler, o texto “Os Indios no Brasil: quem são e quantos são”, escrito pelorepresentante do povo Baniwa, Gersen dos Santos Luciano.
Destacar as idéias principais e explicar como e por que se constituíram as contradições que seguem: índios X povos indígenas / generalização X identidade étnica. Sugerir formas de desfazer pré-conceitos que predominam ao se falar de povos indígenas. Elabore um texto e poste no seu webfólio.
O texto tem início a partir de uma explanação dos dados coletados acerca da população indígena brasileira. Os órgãos representativos dos direitos/interesses indigenistas lançam mão de dados numéricos, basicamente. Em seguida, o texto abre para a exploração das razões de ser indígena.
Em seguida, o texto fala-nos da alcunha índio. Mostra-nos que a denominação é fruto de um acidente de percurso navegacional marítimo, como já nos era sabido desde os tempos de escola. Contudo, traz-nos uma ressalva: a evolução do sentimento de ser índio. Outrora, assumir-se enquanto sujeito indígena configurava uma ação vergonhosa, parecia ser feio pertencer a esta etnia. Com o passar do tempo, foi-se dissipando essa visão e a assunção da identidade tornou-se valorosa, inclusive fortalecedora de lutas em prol das conquistas atuais dessa irmandade, se assim se pode dizer. O texto coloca-nos o entendimento do sentido do termo parente entre os membros daquele povo.
Ao ler o texto, parece-nos bastante claro o resultado positivo do resgate da honra indígena frente a sociedade como um todo. A etnia deixou de ser uma minoria esquecida em meio a porções de terras brasileiras e tornou-se um povo unido ou seja, surgiu um povo aguerrido, que parece não ter medo de dizer: somos as raízes desse país portanto repeitem-nos!
Fruto do resgate cultural indígena é a volta de práticas e rituais outrora caídos em desuso em seus grupos étnicos. Parece-nos que o orgulho indígena quer fazer valer a tradição novamente, como que se estivesse patenteando um produto (é a impressão que tenho). São tempos de reviravolta! Uma reviravolta merecida e louvável.
Por fim, o texto fala sobre a organização social indígena e sobre sua diversidade cultural contemplando seus inúmeros aspectos.

Entrevista com aluno negro

Atividade publicada no Rooda em 02/06/09 para a interdisciplina QERESH.

A) Considerando sua prática docente, a leitura do texto sugerido, faça entrevistas com, no máximo, 04 alunos(as) negros(as), onde a pergunta desencadeadora seja “Como você se sente como aluno(a) negro(a) nesta escola?” Cuidados: a) a entrevista deverá ser em lugar tranqüilo, onde estejam apenas entrevistador(a) e entrevistado(a); b) tenha paciência em ouvir, estabelecendo um clima empático; c) cuide para não falar pelo(a) aluno(a) e nem com ele(a).
Registre as colocações e depois elabore o relato caracterizando quanto à auto imagem, auto-estima, identidade étnica e desempenho em seu webfólio.

B) A partir do texto Auto Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar de Marilene Leal Paré, identificar as dimensões da expressão afro-cultural observadas em seus alunos afro-descendentes. Elaborar um pequeno texto, em torno de 03 páginas, destacando as relações dessas dimensões com o cotidiano da sala de aula e publique no Webfólio.

Realizei as entrevistas com dois meninos de sete anos de idade. Ambos são meus alunos em uma turma de segundo ano do Ensino Fundamental, na escola estadual Mário Quintana, em Alvorada.
A preparação para a aplicação da entrevista:
Ao dar o sinal para o recreio, solicitei que Nícolas e Manoel permanecessem na sala comigo, pois eu precisaria da ajuda deles. Então eu expliquei a eles que eu precisaria fazer um trabalho para a faculdade e que este trabalho consistiria em entrevistar algumas crianças negras para saber “como elas pensavam sobre determinadas coisas”. Convidei-os a participar. Eles toparam.
A entrevista propriamente dita:
Eu – Muito bem, vamos às perguntas então, rapazes... Quais as idades de vocês?
Nícolas (N) – sete anos.
Manoel (M) – sete também.
Eu – Qual a brincadeira predileta de cada um de vocês?
N – Pega-pega.
M – Futebol.
Eu – Quem é o seu melhor amigo e qual a cor da pele do amigo?
N – Eliton, branco
M – Milena, branca.
Eu – Na hora da brincadeira, a cor da pele faz alguma diferença?
N – Nenhuma!
M – Pensa um pouco e responde: não, só quando tem líder; daí a gente nunca é!
Quem manda é sempre branquinho!
Eu – Você concorda com ele, Nícolas?
N – Não acho não. Porque quando tem brincadeira de mandar, quem manda sempre é a Lindisen e ela é da nossa cor. Acho que o Manoel se enganou!
M – Nada a ver. É sempre a Lindisen que manda porque ela já sabe ler.
N – Mas tu também já sabe...
M – Mas ela lê mais rápido que eu!
Eu – Se vocês pudessem escolher a cor de suas peles, como prefeririam?
N – Melhor ser negro, porque negro é famoso. Tu viu o Obama profe? Meu pai disse que ele manda no mundo e o mundo todo respeita ele. Ele é da minha cor...
M – Eu gostaria de ser branco porque já tenho parentes brancos e eu acho a cor branca mais bonita. Meu pai deixou minha mãe pra ir morar com uma branca, já até tem um filho com ela...
Eu – Ok meninos, pra gente fechar nossa entrevista: como vocês se sentem enquanto alunos negros aqui na escola? E por quê?
N – Ué, normal profe! Eu sou igual a todo mundo, só a minha cor que é diferente.
M – Bem, eu gosto da escola e de ti. Todo mundo brinca comigo. Só que se eu fosse branco eu ia mandar mais nas brincadeiras... mas eu tô bem assim.

Apreciação da entrevista:
Antes de termos nossa última aula presencial eu não tinha idéia de como abordar alguns alunos para a aplicação dessa entrevista. A partir do diálogo travado na presencial pude perceber que tratava-se de algo bastante simples, penso que me assustei demasiadamente em função das discussões ocorridas por meio da lista de e-mails.
Outro indicador de extrema relevância proveniente da aula presencial foi o ponto de partida da entrevista. Observei que a maioria dos colegas que relatou ter iniciado pela pergunta “como você se sente como aluno negro nessa escola?” acabou ficando sem material, uma vez que os alunos respondiam que não existia qualquer tipo de problema. Assim, decidi deixar esta questão por último.
Sobre as dimensões das expressões afro-culturais:
Observando as respostas dadas pelos alunos Nícolas e Manoel pude constatar alguns pontos-chave: discriminação, alta auto-estima, desvalia pessoal, família, amor pela escola, as amizades com os colegas, auto imagem positiva e a normalidade em ser negro.
Penso que Nícolas é uma criança feliz em ser como é. Ele é firme em suas respostas, demonstrando a postura de uma criança com personalidade moldada em princípios e crenças bem alicerçados. Já Manoel, apesar de tentar demonstrar alegria em ser como é, deixa transparecer que existe ai uma certa infelicidade ou inconformidade; talvez até por um possível trauma causado pelo fato do pai ter abandonado a mãe em função de uma outra mulher, branca.
São duas crianças com pensamentos distintos mas que preocupam-se em se perceberem como indivíduos “normais” (como se não fossem!). Percebe-se ai a sombra da discriminação e seus fantasmas.

Desenvolvimento Moral

Atividade publicada no Rooda em 14/06/09 para a interdisciplina Psico II.

Aula 11 – Desenvolvimento Moral
Ler o texto Significações de Violência na Escola: equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança? de autoria de Jaqueline Santos Picetti, que se encontra na biblioteca do Rooda. Após a leitura, relate uma situação experienciada em sua sala de aula e procure, ao mesmo tempo, como fez a pesquisadora, analisá-la teoricamente com base no referencial piagetiano sobre o desenvolvimento moral.

Adorei o texto de Jaqueline Picetti. Ele ilustra, de maneira bastante clara, as situações comumente vivenciadas por nós, professoras, em sala de aula. Aliás, posso dizer que esse texto fez-me lançar um outro olhar acerca das “atitudes violentas” de meus alunos.
Realmente, como sugere o texto, costumamos tachar nossos alunos a partir de idéias pré concebidas por nós. Quantas e quantas vezes eu mesma já não tive pensamentos deterministas ou preconceituosos (legado familiar ruim) em relação aos estudantes de minhas turmas? Muitas!
A situação que vou relatar a seguir é bastante semelhante aquela descrita por Jaqueline.
Cerca de duas semanas atrás, eu havia levado minha turma de terceiro ano para almoçar. Após o almoço a turma tem o hábito de escovar os dentes. Enquanto uns terminam de almoçar os outros vão escovando os dentes e em seguida encaminhando-se à fila; alguns ainda aproveitam para brincar um pouquinho no pátio.
Nessa ocasião Abner resolveu brincar com Guilherme. Ele segurou o colega pelo pescoço, na altura da garganta. Guilherme se enfureceu com o colega e começou a chutá-lo. Abner então revidou, dando-lhe um soco no estômago.
Eu não vi o que aconteceu, pois eu estava cuidando daqueles que ainda almoçavam. Mas os colegas correram para me contar que Guilherme estava chorando. Então eu o chamei e ele relatou que Abner apertou o seu pescoço. Então, chamei o outro menino também. Foi aí que eles me esclareceram a situação e que eu descobri que a “atitude violenta” de Abner tratava-se de uma brincadeira, um “arreganho”, como eles costumam dizer.
Esclarecido o ocorrido os alunos pediram desculpas um ao outro e tudo ficou bem.
Nesse caso, a brincadeira desavisada de Abner pareceu a Guilherme como um ato de violência. Guilherme, sentindo-se agredido e revidou. Abner, sem entender o motivo da agressão, uma vez que ele estava iniciando uma brincadeira com o colega, agrediu-o novamente (agora sim com o sentido de agressão) pois havia sofrido um ato violento.
Atividade postada no Rooda em 26/04/09 para Psico II.

Aula 3 - Aprendizagem
Muitas vezes os processos de ensino e de aprendizagem são usados como sinônimos. Será que é assim mesmo? Depende da teoria que estiver embasando a nossa prática pedagógica.
A abordagem teórica que trabalharemos neste semestre entende a aprendizagem e o ensino como processos distintos. Nesta atividade propomos voltar nossa atenção para o processo de aprendizagem.
Para isso, pense em alguma aprendizagem que você tenha construído. Essa atividade não precisa estar ligada diretamente à aprendizagem escolar. Pode ser qualquer situação na qual você aprendeu algo novo.
O que aprendi de novo: pintura em gesso.
Bem, partirei desde o início para que eu possa me fazer entender.
Sempre admirei objetos de decoração. As africanas (estatuetas esguias, em gesso, pintadas à mão) me fascinavam; eu sempre quis adquirir ao menos uma, mas devido ao elevado valor deste objeto nunca o comprei.

Em meados do ano passado entrei em licença saúde, devido a uma depressão moderada. Orientada pelo médico a exercer um hobby, logo pensei nas estatuetas.
Lembrei que certa vez havia visto uma estatueta crua, em gesso, numa determinada loja. Então decidi voltar lá e comprá-la. Feito isso, me vi diante de uma interrogação: como pintá-la? Eu não sabia que tipo de tinta utilizar, que cores empregar e além disso, eu nem sabia que existiam técnicas de pintura! Como sanar este problema? Google! Fui à caça na internet.
Na rede, encontrei blogs com vários passo-a-passos de pintura em gesso, descobri materiais e inclusive técnicas. Isto me entusiasmou e me levou a por minhas descobertas em prática. E, a partir da prática, eu fui aprendendo.
Então, decidi fazer de minha aprendizagem um hobby. A partir daí passei a frequentar mais a loja de produtos para artesanato, fui descobrindo materiais, conversando com as atendentes e recebendo algumas dicas acerca do emprego de alguns produtos.
Hoje em dia, sempre que me sinto triste ou irritada eu pinto.
Além disso, já ensinei outra pessoa de meu convívio familiar a pintar. E juntos produzimos, inclusive, uma renda extra com a venda das estatuetas artesanais.

Mosaico étnico-racial


Esta postagem traz uma atividade proposta pela interdisciplina QERESH que foi publicada no Rooda em 24/04/09.



Proposta de trabalho:
A atividade se desdobra em três momentos:
a) Elaborar um mosaico étnico-racial em conjunto com seus alunos. Vocês podem utilizar diferentes recursos visuais, como desenhos, pinturas, colagens, fotografias... Faça um grande painel e estimule outros colegas a participar desta atividade, montando uma linda exposição na escola.
b) Após a elaboração do mosaico, discutir com seus colegas através do Fórum as impressões e reflexões suscitadas.
c) Elabore um texto com suas descobertas.
Poste no Webfólio uma imagem digitalizada do mosaico, bem como um texto com suas descobertas.


Como o trabalho foi elaborado:
A atividade foi proposta a uma turma de terceiro ano do ensino fundamental.
Foram necessárias duas aulas para que conseguíssemos concluir a atividade.
Inicialmente trabalhei com o grupo de alunos uma poesia da Ruth Rocha: Pessoas são Diferentes. Nós a analisamos e a discutimos. O grupo chegou a conclusão de que as pessoas são, de fato, diferentes sob vários aspectos. Em seguida fotografei os alunos presentes naquela aula, explicando que o procedimento faria parte de nossa próxima aula.
Na aula seguinte conversamos sobre a ancestralidade dos indivíduos que compunham aquela classe. Após isso, distribui uma folha de ofício para cada aluno e propus que a dobrassem ao meio a fim de vincá-la, marcando o meio desta. Em uma das metades da folha a criança deveria desenhar, da forma mais fidedigna possível, o seu auto-retrato e na outra metade, as pessoas que compõem o seu grupo familiar.
Realizada a atividade, distribui para cada criança a sua respectiva foto (tirada na aula anterior). A tarefa era simples: comparar a foto recebida com o auto-retrato e se necessário, realizar alguma anotação no caderno.
Concluído esse momento, cada aluno colou a sua produção no papel pardo, formando assim, um grande mosaico de imagens.
Depois de pronto, o mosaico serviu de instrumento de apreciação. Cada aluno apresentou ao grande grupo a sua produção, destacando as suas impressões e conclusões a partir da realização da tarefa.
A turma demonstrou satisfação ao realizar a atividade.

sábado, 23 de maio de 2009

A história de Peter

Após assistir o filme “A história de Peter” (recomendação proveniente da interdisciplina EPNE) teci algumas considerações que eu gostaria de compartilhar nesse espaço:
1) Penso que este filme tende a passar para quem o assiste uma visão romântica da inclusão de pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais. Uma vez que o vídeo nos remete a uma escola americana, com alunos extremamente maduros considerando as suas idades aparentes. O local onde a classe está inserida é amplo, cômodo e interativo. O número de alunos me parece adequado, sem excessos. Ou seja, por aí nota-se a discrepância em relação ao contexto no qual maior parte das escolas públicas gaúchas está inserido.
2) O vídeo não nos informa quais foram os mecanismos de apoio em horários inversos ao da escola. Será que Peter não era atendido por pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos etc? Creio que sim. Não acredito que apenas o trabalho de inclusão desenvolvido pela professora junto a turma tenha sido capaz de modificar os hábitos e as atitudes de Peter.
3) Depois de assistir “A história de Peter” pus-me a refletir: eu, professora de escola pública de periferia, com os meus 38 alunos (vitimados pela sociedade) recebendo um aluno down agressivo como Peter... sinceramente, eu não conseguiria contornar a situação e incluí-lo. Tenho certeza de que muitos dos meus alunos não reagiriam pacificamente às atitudes do novo colega, assim como os pais e responsáveis pelos alunos da turma não entenderiam o fato de suas crianças estarem sendo “agredidas” em sala de aula.
Fica a pergunta: sonho ou pesadelo?

Hipokrat – dilema moral

Descobri este curta-metragem por acaso, navegando na internet. Nossa, que filme genial! Trata-se de Hipokrat, um vídeo turco. Ele tem tudo a ver com os conteúdos que estamos estudando na interdisciplina de Filosofia da Educação.
Vamos ao filme, conforme minha interpretação.
Um rapaz aguarda numa rua a chegada da namorada. Ao atravessar a rua, a moça é atropelada. A vítima é conduzida ao hospital em estado gravíssimo. O companheiro da moça implora ao médico que tente salvá-la.
O médico entra no quarto onde se encontra a moça e se espanta: eis que a vítima é a sua própria esposa. Então ele se dá conta de que houve uma traição e se vê diante de um dilema: cumprir com o seu dever de médico, confirmando o juramento feito no dia da formatura, ou vingar-se da notável traição, negando o socorro imediato?! Ele hesita. A moça morre.
A partir daí o filme então nos remete a mesma história porém, com uma inversão de papéis. Nesse caso, o traidor seria o marido.
O desfecho é o mesmo, mas o fim é diferente.
Assistam e descubram como esta história termina!
Quer ler a sinopse? Click aqui.

domingo, 12 de abril de 2009

Produção textual coletiva

Este textinho foi produzido por minha turma de terceiro ano!


Passeio por Alvorada

Saímos de nossa escola em um ônibus escolar com destino ao Distrito Industrial de Alvorada. Lá, descobrimos que existem várias empresas em nossa cidade.
Passamos pela rodovia 118 e avistamos a igreja e também a primeira escola construídas em Alvorada.
Em seguida entramos na Estrada da Palha, vimos o alagadiço do rio Gravataí, passamos pela Central de Remates e seguimos em direção ao aterro sanitário. Depois fomos conhecer o arroio Feijó, que separa Alvorada de Porto Alegre.
Seguimos rumo ao “cinturão verde” que é uma área de preservação de mata nativa; lá conhecemos a “Cascata do Xangô”. Também vimos o “horto municipal”. Infelizmente por causa de uma obra não pudemos visitar a Lagoa Negra.
Passeamos pela Lagoa do Cocão, lá paramos para lanchar e brincar.
Depois dessa parada para o descanso, seguimos de volta para a escola. No caminho passamos pela praça central e vimos o camelódromo, a biblioteca e a prefeitura.
Voltamos para a escola satisfeitos. Pois o passeio foi legal e nós aprendemos muito.

Depois de dar um tempo... produzimos aprendizagem!

Agora que vocês já conhecem o filme "Dá Um Tempo" vou contar minha experiência!

Como eu já tinha dito, nossa turma assistiu ao filme (produção alvoradense) “Dá Um Tempo”. Posteriormente a isto, discutimos alguns fatos sinalizados pelo filme, tais como: pontos turísticos de Alvorada; locais, populares e figuras ilustres identificadas ao longo da projeção; violência urbana; a questão do subemprego e eventos marcantes no município. O enredo do filme ficou relegado ao segundo plano de nossa discussão.
Depois dessa calorosa troca de idéias entre o grupo, a professora (eu, no caso) anunciou a possibilidade de um passeio na semana seguinte: um tour por Alvorada. Contudo, os alunos teriam uma tarefa prévia a ser executada em casa, junto aos seus familiares: listar uma série de localidades interessantes existentes em Alvorada (para futura visitação); investigar, por meio de conversa informal, qual a impressão que seus familiares tinham daquele município e realizar um levantamento das empresas (lojas e/ou indústrias) existentes na cidade.
O próximo passo do processo foi o passeio propriamente dito. Um ônibus escolar nos buscou em frente à escola e nos levou a pontos interessantes e, inclusive, desconhecidos de Alvorada.
O mais interessante, ao meu ver, foram os links construídos pela turma a partir das imagens projetadas pelo filme anteriormente assistido. Ao passarmos pelo pórtico da cidade os alunos apontavam deslumbrados enquanto diziam: “profe, era aqui que o Jorge – protagonista do filme – aparecia correndo no início do filme, bem na entrada da cidade!” ou “profe, a gente ainda não passou pelo colégio do Jorge, né?!” ou ainda “olha ali profe, a Carlesso (uma loja de materiais de construção) era ali que a Laíssa Golf – co-protagonista do filme – trabalhava!” Afora estas intervenções, muitas outras brotaram ao longo de nosso passeio. Além disso, muitos registros fotográficos foram levados para a escola, como lembrança daquele momento gostoso de descobertas e descontração!
Na aula imediatamente posterior à realização do passeio, conversamos a respeito de nossas novas impressões acerca da cidade. A conversa rendeu bons frutos. Em seguida, convidei a turma para a construção de um texto coletivo, relatando nossa peripécias; os alunos concordaram e o resultado final foi excelente, demonstrando o aprendizado do grupo.
Esse é apenas um fragmento do trabalho, muitas outras atividades foram desenvolvidas a a partir da projeção daquele filme como a exposição de fotos, a construção de maquetes e o jogo de trilha.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Dá um tempo!!!!

Oi pessoal!
Quem atua nas escolas de Alvorada já deve ter ouvido falar do filme "Dá Um Tempo", não é mesmo?!!
Pois bem, resolvi projetá-lo para minha turminha de terceiro ano; e como deu "pano pra manga"... mas isso fica pras próximas postagens (contarei tudinho)! Minha intenção neste momento é apresentar para aqueles que ainda não conhecem, obviamente, o enredo dessa excelente produção local.
Assistam o vídeo a seguir, vale a pena conferir!

P.s.: aguardem as próximas postagens!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Relembrando o início do ano letivo - Município de Alvorada


O corrente ano letivo, em Alvorada, teve uma bela cerimônia de abertura promovida pela Smed. Nós, educadoras/es, fomos brindadas/os pela presença do professor Vasco Moretto e sua palestra "O dia-a-dia do professor competente em aula".


Conforme o professor Moretto, existem alguns pilares que sustentam e equilibram a competência: conteúdo, habilidade, linguagem, valores culturais e administração emocional.


Registro a seguir uma fala do professor... (Fala que me deixou bastante intrigada, levando-me a uma longa reflexão solitária.)

"Competência não se alcança, desenvolve-se!"
P.s.: o contato de Vasco Moretto é moretto@terra.com.br




Recomeçar



Depois de merecidas férias... o recomeço!

Este post é só para dizer-lhes (companheiros de Pead) que é muito bom poder "voltar a ativa" ao lado de pessoas tão especiais...
Um bom recomeço para todos nós! Um excelente 2009!