domingo, 22 de novembro de 2009

Pôster EJA


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

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Letramento Social X Letramento Escolar



Aquilo que é visto/ensinado na escola corresponde àquilo que é necessário para a interação social?
Vejamos. A escola ensina a decodificação alfabética e numérica deslocada de um sentido usual social. A apropriação mecânica da leitura, da escrita e dos cálculos são vistos como mecanismos sumamente necessários à ascensão escolar. Quem não detém estas habilidades não é contemplado com a promoção, tampouco reconhecido enquanto “sujeito inteligente”. Uma vez que, muitos professores consideram como inteligentes somente aqueles que aprendem com facilidade o que lhes é ensinado. Inúmeros professores ainda não aceitam como ação inteligente a capacidade de as pessoas raciocinarem, planejarem e resolverem situações-problema no cotidiano. E são esses professores que fazem da escola um órgão reprodutor de ações sem sentido, uma entidade desinteressante. E é dentro desse contexto que ocorre o letramento escolar.
Diferentemente, o letramento social ocorre em meio aos setores que compõem a sociedade (comunidade, igreja, família etc). Um sujeito não alfabetizado, mas que interage com a sociedade por meios alternativos que não a leitura e a escrita de códigos, é sim um sujeito letrado e suas ações deveriam ser valorizadas pela instituição escola. Mas não é o que acontece. Geralmente um sujeito analfabeto é marginalizado pela mídia, pelas entidades governamentais, pela “sociedade alfabetizada” e pela própria escola, o que é uma lástima! Ao meu ver, aquele que consegue ler o mundo através de outros olhos que não os da linguagem escrita e compreendê-lo deve ser valorizado e não relegado.

FALA, LEITURA E ESCRITA - tecendo idéias...


Ao ler o texto “Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais” pude observar as inúmeras variações ocorridas ao longo dos anos em relação à valorização da leitura e da escrita e aos usos que delas se faz/fez.

Assim, de acordo com a leitura supracitada e  as experiências vividas, creio que tanto a língua falada quanto a escrita, variam conforme o meio, a razão e a circunstância. Ou seja, a língua molda-se ao contexto.

Em relação à fala, penso ser esta um instrumento de expressão, defesa e poder. Alguém que fala com segurança e convicção é capaz de vencer batalhas, arranjar aliados e reverter quadros problemáticos. Em minha opinião, quem exerce seu poder de persuasão com excelência tem o mundo em suas mãos.

Já em relação à escrita, penso que este mecanismo seja um pouco menos poderoso. Pois diferentemente da fala, alcançará diretamente apenas aqueles que são alfabetizados. Ou seja, a linguagem escrita é seletiva. A exceção, se assim pode-se dizer, está nos casos em que o sujeito não alfabetizado, mas letrado, utiliza-se de um intermediário para interagir com os códigos, como quando ele solicita a ajuda de um outro sujeito, o leitor. Nesse caso, o alcance e a apropriação da linguagem escrita ocorreram de maneira indireta.

E seu nome é Jonas


Análise e reflexão baseada em um filme assistido.

Jonas é uma criança meiga e surda. Depois de passar três anos em um hospital em razão de um diagnóstico errôneo – fora considerado retardado mental – Jonas recebe alta e é levado a viver junto de sua família.
Jonas então é recebido com festa. Contudo, dificuldades na comunicação começam a surgir e a família acaba titubeando.

Jonas não é compreendido por familiares e vizinhos. Todos o olham como se fosse ele um ser de outro mundo. Sua mãe então resolve buscar ajuda especializada. Jonas é levado a freqüentar um programa para socialização do surdo. Lá, Jonas é proibido de sinalizar e é instruído a repetir frases e palavras desconexas ditas pela professora. Ele também passa a fazer uso de aparelho auditivo (o que acaba por torná-lo motivo de chacota quando sai à rua).

Seu pai acaba por sair de casa, uma vez que não conseguiu lidar com as suas próprias emoções. Para onde quer que fosse com o filho, sempre havia alguém para ridicularizar o menino. O pai não suportou a situação.

Jonas possuiu por muito tempo apenas um único amigo: seu avô. Porém este acabara por morrer e Jonas passou meses sem saber o que havia feito o avô desaparecer.

Ao perceber o “fracasso” do filho a mãe do garoto decide aprender junto a ele a língua de sinais. Eis que ela conhece a comunidade surda e por meio desta consegue inserir Jonas na sociedade. Jonas ganha vida e liberdade. O tempo passa e Jonas enfim consegue compreender que o avô morreu.

Essa história foi retratada em um filme lançado em 1979 nos EUA. Observem, quase três décadas se passaram e a situação é praticamente a mesma.

Penso que ainda hoje o surdo não sinalizado é incompreendido e excluído da sociedade. Não sei se isto é regra ou exceção, uma vez que percebemos a plena inserção social do surdo sinalizado. Contudo tenho uma certeza, se Jonas nascesse hoje, surdo, seu diagnóstico não seria o mesmo. Jamais o considerariam um retardado!

O Menino Selvagem



Por sugestão da interdisciplina de Libras resolvi assistir o filme "O Menino Selvagem". E é sobre ele que agora teço algumas considerações:


O filme “O Menino Selvagem” é bastante intrigante. Pois retrata a história de um menino que viveu por quase toda a sua existência, até então, sozinho em um bosque de Paris, motivo pelo qual se tornara selvagem.
Ao assistir este filme, pus-me a pensar e a ponderar possibilidades diversas... Teriam os seres civilizados o direito de cooptar o garoto trazendo-o a um mundo que lhe era desconhecido? Aquele garoto por ser, aos olhos dos parisienses diferente, se permanecesse em seu habitat poderia representar algum risco à sociedade local? Seria ele surdo de fato? Alguém que não conhece os códigos, sejam eles escritos ou falados, é um idiota? Enfim, foram muitas as interrogações inicialmente levantadas!

Primeiramente o garoto é levado para um colégio de surdos-mudos. (Nesta passagem do filme podemos ter uma idéia de como era a vida das pessoas surdas nos primórdios: elas ficavam enclausuradas em instituições específicas, sem qualquer tipo de interação com a sociedade dita normal. Ou seja, eram rejeitadas e excluídas.)

Depois Itard e Pinel, os doutores que estudavam o caso do menino, dão-se conta de que aquele não era o ambiente mais adequado ao garoto. Pinel sugere que o levem para uma instituição própria aos “retardados”. Itard discorda e acaba por levá-lo para sua residência, onde posteriormente irá educá-lo (leia-se domesticá-lo).

Chegando à casa de Itard o garoto é treinado para tornar-se visualmente “normal”. Atingido este objetivo, o garoto ingressa em uma educação behaviorista, ministrada pelo próprio Itard. O garoto recebe o nome de Victor e começa a ser treinado para “ouvir palavras”.

A partir daí surgem passagens no vídeo, nas quais o garoto pede leite, em que fica evidente a questão do condicionamento operante. Victor pega a sua tigela e a bate com a mão demonstrando o seu desejo de beber leite. Itard tenta usar o reforço positivo para força-lo a pronunciar a palavra leite. Ou seja, Victor está sendo treinado.

Itard vale-se de inúmeros artifícios para tentar educar o menino. E nessas buscas incessantes Itard vai fazendo descobertas em relação aos hábitos e às atitudes do menino selvagem. A capacidade cognitiva do garoto também é posta em xeque.

Para mim, telespectadora, não ficou claro se o menino era realmente surdo ou se ele havia se tornado um aborígene em função do abandono precoce. Contudo, consegui tecer algumas relações com os possíveis sentimentos das pessoas surdas que viveram nas décadas passadas. Assistir este filme foi emocionante.

Veja o trailer do filme:
 http://www.youtube.com/watch?v=b5CKltq3Uf4
Ficou interessado e quer assistir o filme na íntegra? Faça o download aqui!