Gestão Democrática é o processo político pelo qual os membros integrantes da escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
Assim, por Gestão Democrática Escolar entendo uma administração onde a tomada de decisões se dá pelo coletivo da escola. Ou seja, em uma gestão desse tipo não há espaço para o autoritarismo e para a exclusão. A escola pertence a todos e todos sabem disso, assumindo responsabilidades, cumprindo seus deveres e tendo os seus direitos respeitados.
A participação de todos os segmentos escolares é a base para a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) de forma coerente, visando a democratização das relações de poder e o respeito à própria comunidade escolar.
PPP e Regimento Escolar (RE) estão solidamente ligados. Ao passo que o PPP norteia as ações da escola e o RE normatiza estas ações, estabelecendo e garantindo a Gestão Democrática.
Contudo, percebo que ainda existem grandes entraves à Gestão Democrática, uma vez que:
A cultura democrática é ainda pouco consolidada nos segmentos diversos da sociedade;
Existem dificuldades em entender a importância do Controle Social;
Há resistência à socialização do poder;
Ocorre a visão patrimonialista;
Existe pequena vontade política por parte dos gestores ou mesmo contrariedade à idéia de participação política.
Seguiremos pensando e (re)pensando a Gestão Democrática...
sábado, 29 de novembro de 2008
Tardif: refletindo acerca de alguns de seus ensinamentos
Trabalhei com alguns textos de Tardif na interdisciplina EPPC e posso afirmar: não há como discordar de suas idéias.
Nesta obra, “Saberes docentes e formação profissional” o autor discute acerca dos saberes que servem de base para os professores realizarem seu trabalho em sala de aula. Além disso, sugere que reflitamos acerca do papel do professor enquanto construtor de saberes inerentes à prática pedagógica, considerando suas competências e habilidades.
O autor chama à atenção para o fato de os pesquisadores e intelectuais da educação não levarem em consideração os saberes do professor, tampouco a sua capacidade de produção de conhecimentos frente à sua profissão.
Tardif contesta o fato de os educadores serem tidos como meros executores de tarefas, em face disso propõe que a subjetividade do professor seja colocada de lado nas pesquisas, abrindo espaço para o professor enquanto sujeito atuante.
O autor também indica mudanças em relação à formação dos professores. Acredita que deveria ser dada voz à classe docente, em outras palavras, dar-lhes o direito de opinar quanto à profissionalização dos mesmos.
Tardif crê que haja uma grande desvalorização dos professores.
Ele adverte que não há união entre grande parte dos profissionais da educação.
Lembra, ainda, Tardif que o mundo acadêmico não leva em consideração os saberes dos professores de profissão.
Penso que existe realmente um grande preconceito em relação aos profissionais da educação, especialmente os professores. Mas o que mais me surpreende é que este preconceito não parte tão somente daqueles que estão de fora do ambiente escolar, mas que estas discriminações ocorrem principalmente entre os próprios colegas de profissão.
Muitas vezes os colegas, professores de área das séries finais, lançam olhares carregados de discriminação às “professorinhas do currículo”, como costumamos ser taxadas.
Em contrapartida, esses mesmos professores que discriminam as colegas do currículo sofrem preconceito por parte dos professores que atuam no ensino médio.
Então eu me pergunto: por que ao invés de nos unirmos em prol de um objetivo maior, como melhores condições de trabalho, por exemplo, perdemos tempo numa disputa de vaidades que não irá nos levar a lugar algum? Infelizmente até hoje ainda não consegui encontrar uma resposta!
Nesta obra, “Saberes docentes e formação profissional” o autor discute acerca dos saberes que servem de base para os professores realizarem seu trabalho em sala de aula. Além disso, sugere que reflitamos acerca do papel do professor enquanto construtor de saberes inerentes à prática pedagógica, considerando suas competências e habilidades.
O autor chama à atenção para o fato de os pesquisadores e intelectuais da educação não levarem em consideração os saberes do professor, tampouco a sua capacidade de produção de conhecimentos frente à sua profissão.
Tardif contesta o fato de os educadores serem tidos como meros executores de tarefas, em face disso propõe que a subjetividade do professor seja colocada de lado nas pesquisas, abrindo espaço para o professor enquanto sujeito atuante.
O autor também indica mudanças em relação à formação dos professores. Acredita que deveria ser dada voz à classe docente, em outras palavras, dar-lhes o direito de opinar quanto à profissionalização dos mesmos.
Tardif crê que haja uma grande desvalorização dos professores.
Ele adverte que não há união entre grande parte dos profissionais da educação.
Lembra, ainda, Tardif que o mundo acadêmico não leva em consideração os saberes dos professores de profissão.
Penso que existe realmente um grande preconceito em relação aos profissionais da educação, especialmente os professores. Mas o que mais me surpreende é que este preconceito não parte tão somente daqueles que estão de fora do ambiente escolar, mas que estas discriminações ocorrem principalmente entre os próprios colegas de profissão.
Muitas vezes os colegas, professores de área das séries finais, lançam olhares carregados de discriminação às “professorinhas do currículo”, como costumamos ser taxadas.
Em contrapartida, esses mesmos professores que discriminam as colegas do currículo sofrem preconceito por parte dos professores que atuam no ensino médio.
Então eu me pergunto: por que ao invés de nos unirmos em prol de um objetivo maior, como melhores condições de trabalho, por exemplo, perdemos tempo numa disputa de vaidades que não irá nos levar a lugar algum? Infelizmente até hoje ainda não consegui encontrar uma resposta!
Pensando a Gestão Democrática
A organização da escola sob a ótica democrática ocorre perante a implementação de mecanismos de participação social, tais como: a formulação de políticas educacionais; a determinação de objetivos e fins da educação; o planejamento; as tomadas de decisão; a definição sobre a locação de recursos e necessidades de investimento; a execução das deliberações; e nos momentos de avaliação.
A Gestão Democrática na escola é assegurada por normatização das práticas sociais; envolve toda a comunidade circundante e seus agentes sociais; implica em participação de todos os seus sujeitos, de forma direta e também por meio de representação e caracteriza-se pelo funcionamento: do conselho escolar, da descentralização de recursos, do provimento do cargo de diretor, de participação direta de todos os agentes sociais, de planejamento participativo e da avaliação institucional participativa.
Além disso, a Gestão Democrática possui as seguintes dimensões:
financeira – através do repasse de verbas, da programação de recursos, do plano de aplicação e da prestação de contas;
administrativa – abrangendo o planejamento participativo global, o provimento do cargo de diretor, o Conselho Escolar e agremiações e as organizações das vidas funcional e escolar;
pedagógica – é composta pelo PPP e por dinâmicas de organização do ensino;
relacional – com relações com o sistema, rede de ensino, órgão central e instituições afins.
Na escola municipal em que atuo a Gestão Democrática existe “no papel” e muitos colegas ainda tentam tirá-la até mesmo de lá (exclui-la). Já na escola estadual, a Gestão Democrática é visível aos olhos, sem esforço.
Creio que a principal necessidade para a implementação da Gestão Democrática nas escolas está na superação de seu maior entrave: o medo que os professores possuem da mudança!
A Gestão Democrática na escola é assegurada por normatização das práticas sociais; envolve toda a comunidade circundante e seus agentes sociais; implica em participação de todos os seus sujeitos, de forma direta e também por meio de representação e caracteriza-se pelo funcionamento: do conselho escolar, da descentralização de recursos, do provimento do cargo de diretor, de participação direta de todos os agentes sociais, de planejamento participativo e da avaliação institucional participativa.
Além disso, a Gestão Democrática possui as seguintes dimensões:
financeira – através do repasse de verbas, da programação de recursos, do plano de aplicação e da prestação de contas;
administrativa – abrangendo o planejamento participativo global, o provimento do cargo de diretor, o Conselho Escolar e agremiações e as organizações das vidas funcional e escolar;
pedagógica – é composta pelo PPP e por dinâmicas de organização do ensino;
relacional – com relações com o sistema, rede de ensino, órgão central e instituições afins.
Na escola municipal em que atuo a Gestão Democrática existe “no papel” e muitos colegas ainda tentam tirá-la até mesmo de lá (exclui-la). Já na escola estadual, a Gestão Democrática é visível aos olhos, sem esforço.
Creio que a principal necessidade para a implementação da Gestão Democrática nas escolas está na superação de seu maior entrave: o medo que os professores possuem da mudança!
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