sábado, 23 de maio de 2009

A história de Peter

Após assistir o filme “A história de Peter” (recomendação proveniente da interdisciplina EPNE) teci algumas considerações que eu gostaria de compartilhar nesse espaço:
1) Penso que este filme tende a passar para quem o assiste uma visão romântica da inclusão de pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais. Uma vez que o vídeo nos remete a uma escola americana, com alunos extremamente maduros considerando as suas idades aparentes. O local onde a classe está inserida é amplo, cômodo e interativo. O número de alunos me parece adequado, sem excessos. Ou seja, por aí nota-se a discrepância em relação ao contexto no qual maior parte das escolas públicas gaúchas está inserido.
2) O vídeo não nos informa quais foram os mecanismos de apoio em horários inversos ao da escola. Será que Peter não era atendido por pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos etc? Creio que sim. Não acredito que apenas o trabalho de inclusão desenvolvido pela professora junto a turma tenha sido capaz de modificar os hábitos e as atitudes de Peter.
3) Depois de assistir “A história de Peter” pus-me a refletir: eu, professora de escola pública de periferia, com os meus 38 alunos (vitimados pela sociedade) recebendo um aluno down agressivo como Peter... sinceramente, eu não conseguiria contornar a situação e incluí-lo. Tenho certeza de que muitos dos meus alunos não reagiriam pacificamente às atitudes do novo colega, assim como os pais e responsáveis pelos alunos da turma não entenderiam o fato de suas crianças estarem sendo “agredidas” em sala de aula.
Fica a pergunta: sonho ou pesadelo?

Hipokrat – dilema moral

Descobri este curta-metragem por acaso, navegando na internet. Nossa, que filme genial! Trata-se de Hipokrat, um vídeo turco. Ele tem tudo a ver com os conteúdos que estamos estudando na interdisciplina de Filosofia da Educação.
Vamos ao filme, conforme minha interpretação.
Um rapaz aguarda numa rua a chegada da namorada. Ao atravessar a rua, a moça é atropelada. A vítima é conduzida ao hospital em estado gravíssimo. O companheiro da moça implora ao médico que tente salvá-la.
O médico entra no quarto onde se encontra a moça e se espanta: eis que a vítima é a sua própria esposa. Então ele se dá conta de que houve uma traição e se vê diante de um dilema: cumprir com o seu dever de médico, confirmando o juramento feito no dia da formatura, ou vingar-se da notável traição, negando o socorro imediato?! Ele hesita. A moça morre.
A partir daí o filme então nos remete a mesma história porém, com uma inversão de papéis. Nesse caso, o traidor seria o marido.
O desfecho é o mesmo, mas o fim é diferente.
Assistam e descubram como esta história termina!
Quer ler a sinopse? Click aqui.