segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E seu nome é Jonas


Análise e reflexão baseada em um filme assistido.

Jonas é uma criança meiga e surda. Depois de passar três anos em um hospital em razão de um diagnóstico errôneo – fora considerado retardado mental – Jonas recebe alta e é levado a viver junto de sua família.
Jonas então é recebido com festa. Contudo, dificuldades na comunicação começam a surgir e a família acaba titubeando.

Jonas não é compreendido por familiares e vizinhos. Todos o olham como se fosse ele um ser de outro mundo. Sua mãe então resolve buscar ajuda especializada. Jonas é levado a freqüentar um programa para socialização do surdo. Lá, Jonas é proibido de sinalizar e é instruído a repetir frases e palavras desconexas ditas pela professora. Ele também passa a fazer uso de aparelho auditivo (o que acaba por torná-lo motivo de chacota quando sai à rua).

Seu pai acaba por sair de casa, uma vez que não conseguiu lidar com as suas próprias emoções. Para onde quer que fosse com o filho, sempre havia alguém para ridicularizar o menino. O pai não suportou a situação.

Jonas possuiu por muito tempo apenas um único amigo: seu avô. Porém este acabara por morrer e Jonas passou meses sem saber o que havia feito o avô desaparecer.

Ao perceber o “fracasso” do filho a mãe do garoto decide aprender junto a ele a língua de sinais. Eis que ela conhece a comunidade surda e por meio desta consegue inserir Jonas na sociedade. Jonas ganha vida e liberdade. O tempo passa e Jonas enfim consegue compreender que o avô morreu.

Essa história foi retratada em um filme lançado em 1979 nos EUA. Observem, quase três décadas se passaram e a situação é praticamente a mesma.

Penso que ainda hoje o surdo não sinalizado é incompreendido e excluído da sociedade. Não sei se isto é regra ou exceção, uma vez que percebemos a plena inserção social do surdo sinalizado. Contudo tenho uma certeza, se Jonas nascesse hoje, surdo, seu diagnóstico não seria o mesmo. Jamais o considerariam um retardado!

Um comentário:

  1. Marcia observo que os dois filmes indicados pela interdisciplina de Libras te chamaram a atenção e te fizeram refletir.
    Quem sabe nos conta um pouco da tua experiência com pessoas surdas? Conheces alguém? Já tiveste na tua sala ou na tua escola algum aluno surdo? Que contribuições a interdisciplina de Libras tem trazido para a tua prática?
    Um abraço, Simone - Tutora sede

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