terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Um filme...

Música do Coração

O filme retrata a história de Roberta, uma violinista frustrada que nunca se profissionalizou por ter-se sempre dedicado à família. Contudo, quando Roberta é abandonada pelo marido, sua vida toma novos rumos.
Sozinha com dois filhos pequenos para criar, sem dinheiro e sem perspectivas, Roberta decide procurar emprego. Assim, Roberta é levada a uma escola pública de subúrbio. Lá, Roberta conquista seu primeiro emprego: ela será a professora suplente de música e deverá ensinar violino às crianças.
Diante do novo desafio, Roberta luta para obter sucesso. Porém o início é bastante penoso. A turma não estava nem um pouco interessada em aprender a tocar o instrumento, o centro de interesses era qualquer outro exceto a aula de música.
Roberta era bastante exigente com os alunos, cobrava postura, comprometimento e assiduidade, inclusive agia assim com os responsáveis. Entretanto, certo dia ela foi chamada a comparecer na sala da direção. Uma mãe estava a reclamar dos “abusos” da professora. A partir daquele momento Roberta mudou sua atitude em sala de aula. Todavia, os alunos estranharam o seu comportamento de “professora boazinha” e reclamaram; eles estavam cansados de terem professoras boazinhas. Então Roberta fez um acordo com os alunos: manteria sua postura firme e eles não falariam aos pais.
Foram muitas as dificuldades que Roberta enfrentou ao iniciar sua caminhada desafiadora: alunos indisciplinados, crianças portadoras de necessidades especiais, preconceito em geral, pouco apoio dos familiares dos alunos, alunos que por “n” motivos acabavam se desvirtuando do programa, falta de apoio de alguns colegas de trabalho, etc... Mas Roberta tinha muito jeito para lidar com os alunos: sabia ser amiga e sabia exigir na medida certa, explorando o potencial de cada um de seus alunos.
Porém, apesar dos entraves que cruzavam o seu caminho, Roberta não desistiu e alcançou o sucesso. Afinal, ela acreditava que qualquer criança poderia aprender a tocar violino.
Assim, foram dez anos de projeto; Roberta já trabalhava em três escolas; mais de mil crianças já haviam passado por suas aulas quando um grande problema surgiu. Roberta seria demitida por falta de verbas para a manutenção do projeto.
Mas eis que Roberta mobiliza-se, encontra alguns parceiros inesperados e promove um grande concerto para arrecadação de fundos para a continuidade do projeto. Aliás, por Roberta confiar em seu potencial e em seus alunos o concerto é um verdadeiro sucesso e acaba gerando capital para a manutenção do projeto por três anos.


Refletindo acerca do filme...

A escola retratada no filme é uma escola de subúrbio e está sendo focado o projeto de ensino de violino da professora Roberta às crianças deste estabelecimento.
Para cativar e ensinar seus alunos, Roberta ofereceu a eles algo de que precisavam e não estavam encontrando nos demais professores da escola: firmeza e motivação.
A grande procura pelas aulas, o aumento do número de interessados em participar do projeto (o que levou a prática de sorteio para a seleção de alunos) são indícios de que os alunos estavam aprendendo. E o sucesso de todas as edições dos concertos de fim de ano era a evidência maior do aprendizado de todos os envolvidos.
Os alunos não eram tratados da mesma forma tampouco aprendiam da mesma maneira. A professora respeitava as peculiaridades e o ritmo de cada aprendiz, porém, a exigência final era a mesma para todos.
O filme mostra que as diferenças (em geral) na sala de aula não podem ser empecilhos à aprendizagem, mas que elas devem ser respeitadas.

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